Num artigo anterior, explicamos sucintamente como fazer uma avaliação de risco em 5 passos simples. Contudo, é possível que inspecionar cada um dos equipamentos a seu cargo não seja a tarefa, digamos… mais apetecível. Por isso mesmo, deixamos aqui uma motivação extra e dizendo-lhe 4 coisas que vai aprender acerca dos seus equipamentos ao fazer uma análise de risco.

1. O histórico de avarias de cada equipamento

Uma análise de risco começa com a pesquisa de informação. Antes mesmo de inspecionar qualquer aparelho, convém reunir informação sobre o local em que se encontra, a sua categoria/estado atual, o ano, o histórico de avarias e reparações anteriores. Este trabalho de pesquisa é o suficiente para ficar a conhecer melhor os equipamentos pelos quais é responsável. Aliás, muitas vezes os primeiros alarmes soam logo nesta primeira fase! Mas nada, claro, como uma inspeção cuidada in loco — vamos ao ponto 2.

2. O estado geral de cada equipamento

Durante a análise de risco, todos os equipamentos e infraestruturas da empresa são inspecionados. Depois, é-lhes atribuída uma categoria entre A e D, consoante o seu estado de conservação. É nas categorias B e C que se deve concentrar, pois é nestes equipamentos que uma manutenção acertada pode fazer a diferença. Saiba mais sobre este sistema de categorização no nosso artigo sobre como fazer um anaálise de risco.

3. O risco associado a cada equipamento

Nem todos os equipamentos são iguais. Alguns são fáceis de substituir, enquanto outros representam um grande investimento. Mas o mais importante é o risco que representam. Uma falha na cozinha de um hotel, por exemplo, não tem o mesmo impacto que uma avaria no sistema de aquecimento ou falta de manutenção do ar-condicionado. Enquanto um problema na cozinha pode resolver-se com uma alteração no menu, um hotel sem sistema de aquecimento não é capaz de reter os clientes. Já a falta de manutenção no ar-condicionado pode vir a trazer problemas com a proliferação de bactérias, o que representa um risco de saúde pública.

Ao fazer a análise de risco, é atribuída uma classificação a cada equipamento que tem em consideração não só a probabilidade de falha, como as consequências da mesma.

4. Que equipamentos priorizar no plano de manuntenção

É impossível (e inútil) dar o mesmo tipo de atenção a todos os seus equipamentos — ainda que tivesse um técnico especializado para cada um, isso teria custos enormes a nível de mão de obra. Por isso, um gestor de manutenção tem de saber definir prioridades. A análise de risco, através da classificação de cada equipamento, é um bom indicador do que deve realmente priorizar. Em primeiro lugar, tem de garantir a manutenção preventiva de todos os equipamentos cuja falha provoca um risco de segurança. Depois, debruce-se sobre a manutenção de todos os equipamentos essenciais para o seu negócio (por exemplo, no caso os hotéis, os equipamentos que proporcionam conforto aos hóspedes).

Tenha ainda especial cuidado com os equipamentos B/C, já que uma manutenção adequada pode evitar um desgaste mais rápido e a eventual transição para a categoria C.